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Brasil na rota da economia verde atrai fortes investimentos industriais ao país

Lucas Ramalho, diretor do Departamento de Novas Economias do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, enfatiza que, se o Brasil seguir na trilha da chamada “economia verde”, isso resultará, previsivelmente, em um impulso significativo para a indústria nacional. Ele ressalta que a falta de políticas públicas direcionadas ao setor tem sido uma das razões por trás da desindustrialização no Brasil. Agora, o país tem a oportunidade de redirecionar sua política industrial para a bioeconomia, que, sem dúvida, também contribuirá para a recuperação da indústria.

Ramalho fez essas observações durante a abertura do painel “Missões para uma nova indústria” no 8º Congresso da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), realizado na sede da entidade em São Paulo, em 16 de janeiro. Ele acredita que investimentos, particularmente os internacionais, fluirão para o que já está sendo chamado de “processo de neoindustrialização” no Brasil, impulsionados pela notável capacidade do país em reduzir suas emissões de carbono, um requisito global incontestável nos dias de hoje.

Nos últimos sete anos, o Brasil emergiu como líder em investimentos internacionais no setor de energias renováveis, superando outras economias em desenvolvimento. De acordo com um relatório de investimentos da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o Brasil atraiu US$ 114,8 bilhões em investimentos entre 2015 e 2022, representando 11% do total investido em energia renovável em economias emergentes. No cenário global, o Brasil ocupa a segunda posição, com 89,2% de sua matriz energética proveniente de fontes renováveis, ultrapassando a Nova Zelândia (86,6%) e ficando atrás apenas da Noruega (98,5%).

O Brasil recebeu investimentos significativos em diversas áreas da economia verde, como pesquisa e desenvolvimento, baterias para veículos elétricos, agricultura sustentável, projetos de energia solar e o mercado de carbono.

Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços, também participou do painel. Ele destaca que, assim como na primeira fase de industrialização no Brasil, o setor de bens de capital desempenhará um papel estratégico na atual etapa de neoindustrialização. Esse setor é naturalmente capacitado para disseminar tecnologia, mas é crucial que avance rapidamente em direção à Indústria 4.0 para cumprir esse papel de forma sólida.

Moreira acredita que esse avanço tecnológico não será alcançado sem o apoio de uma política industrial que inclua financiamento público, da mesma forma que aconteceu no agronegócio, que hoje é responsável por 47% das exportações brasileiras. Ele lista várias formas de financiamento público, como empréstimos subsidiados, medidas tributárias, como a depreciação acelerada de equipamentos, taxas de juros especiais para estimular investimentos e medidas de proteção do mercado interno para ajudar o setor de bens de capital a competir em igualdade de condições com concorrentes estrangeiros.

Portanto, o Brasil está diante de uma oportunidade única de revitalizar sua indústria, impulsionada pela transição para uma economia mais sustentável, investimentos em tecnologia e a implementação de políticas industriais eficazes.

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