O prazo de validade de um alimento é um dos principais elementos na hora de comercializar determinados produtos. Afinal, é essa informação que determinará até quando o alimento em questão estará bom para consumo.
Justamente por essa razão, é um dos itens que a fiscalização mais verifica em suas auditorias. Mas de que forma se pode determinar o prazo de validade de um alimento? É isso que será explicado adiante neste artigo. Não deixe de conferir!
O prazo de validade de um alimento é determinado a partir de um conjunto de testes realizados por técnicos especializados no interior da indústria. Esses testes levam várias semanas. Neles realiza-se uma simulação das condições pelas quais o produto irá passar no decorrer da sua trajetória da fábrica até à mesa do consumidor.
Toma-se uma amostra do alimento em questão e fazem com que ela sofra diversas alterações de umidade e temperatura, o que ajuda a evidenciar as reações dos componentes do produto. São feitas análises de ordem físico-químicas, microbiológicas e sensoriais.
A análise de ordem sensorial irá verificar as alterações no sabor, cheiro, aparência, textura e viscosidade no decorrer dos dias. A análise microbiológica, por sua vez, irá averiguar a quantia e o desenvolvimento de microorganismos. Nesse caso, a contagem de organismos patogênicos precisa ser obrigatoriamente zero e a dos elementos inócuos precisa ser bem pequena.
Por fim, na análise físico-química se faz a verificação da densidade, acidez, quantidade de gordura, quantidade de sólidos, pH e o peso do alimento.
Assim que o alimento começa a mostrar seus limites críticos, estabelece-se o que se chama de “shelf life”, ou seja, a vida de prateleira que ele tem a capacidade de aguentar. Estima-se uma espécie de margem de segurança e, com isso, o prazo de validade é determinado.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as indústrias são obrigadas a fixar o prazo de validade do produto na embalagem do mesmo. Isso é efetuado com o auxílio de um datador.
Normalmente, além do lote e da data de fabricação, a etiqueta aplicada pelo datador deve contar a data de vencimento do alimento. Uma vez que o modo que um alimento fica armazenado também exerce influência no grau de qualidade do alimento, certos produtos alimentícios vêm com uma data de validade secundária na embalagem.
Entretanto, determinados alimentos não informam na embalagem a validade que eles possuem após serem abertos. Entretanto, a indústria também precisa identificá-los mesmo assim. Conforme consta no item 4.8.6 da RDC 216:
“Quando as matérias-primas e os ingredientes não forem utilizados em sua totalidade, devem ser adequadamente acondicionados e identificados com, no mínimo, as seguintes informações: designação do produto, data de fracionamento e prazo de validade após a abertura ou retirada da embalagem original”.
É o que se chama de data de validade secundária e é fundamental que isso conste na embalagem, pois essa informação faz toda a diferença.
Além dos métodos diretos para determinar o prazo de validade citados anteriormente, há ainda os métodos indiretos, como o teste da estabilidade acelerada e o uso de dados históricos ou coletados.
Mas tão importante quanto testar é utilizar os datadores para fixar essas informações na embalagem, pois está determinado na legislação brasileira a necessidade de informações sobre validade e armazenamento na embalagem.
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